quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pré-Modernismo



Pré-Modernismo
Introdução

O Pré-Modernismo abrangeu o período literário compreendido entre a publicação do romance Canaã, de Graça Aranha, e de Sertões, de Euclides da Cunha, em 1902, e a realização da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 1922.

Surgiu a literatura progressiva, voltada para o presente, que negava o Brasil literário exaltado pelo Realismo e Parnasianismo e se preocupava com aspectos socioculturais, da qual Lima Barreto e Monteiro Lobato foram grandes representantes.

 Contexto Histórico
Os primeiros anos do século corresponderam à belle époque brasileira – um mundinho cor-de-rosa, consumista de coisas importadas e da última moda em Paris.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), acentuou-se o desenvolvimento industrial e surgiu em cena o novo empresariado capitalista. Urbanizou-se o rio de janeiro, em conseqüência do desenvolvimento comercial e industrial.

Lojas, confeitarias, salões elegantes, teatros multiplicaram-se. Nos cafés, organizavam-se reuniões de artistas, boêmios, estudantes.

 Características do Pré-Modernismo

 • Transição: entre a permanência e a ruptura

O novo leva muito tempo para ser implantado.

 • Academicismo e Neoparnasianismo

A linguagem Parnasiana ainda persistia.

 • Perspectivas nacionalistas e renovação

Todos fizeram literatura de caráter nacionalista, mas com perspectivas diferentes.

 • Uma poesia de estranhamento

Poesia híbrida, onde se tem uma mescla entre Parnasianismo, Simbolismo e certo Romantismo. Trata-se da poesia de Augusto dos Anjos.

 • Um regionalismo de pesquisa

A pesquisa da região, no sentido de ressaltar o h sentimento da terra e do homem sertanejo.

Autores

Monteiro lobato (Taubaté, 1882 – São Paulo, 1948)

José Bento Monteiro Lobato passou sua infância em Taubaté (SP), entre a fazenda do seu pai, José Bento Marcondes Sampaio, e a cidade onde residia seu avô, José Francisco Monteiro – Visconde de Tremembé -, homem que o influenciou muito, principalmente no amor aos livros.

Em 1918 publicou Urupês, livro que reúne doze contos sobre cidades do Vale do Paraíba. Lobato notabilizou-se por atuações de caráter variado no Brasil carente do começo do século XX: foi editor, trabalhou a literatura infantil como poucos, lançou campanhas em prol do petróleo brasileiro, envolveu-se em política contra a ditadura Vargas, foi adido cultural do país nos Estados Unidos.

Lima Barreto (Rio de Janeiro, 1881 – 1922)
Legítimo representante do Pré-Modernismo, Afonso Henrique de Lima Barreto nasceu no mesmo ano em que se iniciou o Realismo-Naturalismo e morreu no mesmo ano em que se realizou a Semana da Arte Moderna.

Órfão de mãe aos seis anos, teve de abandonar a escola Politécnica em 1903 para sustentar a família quando seu pai enlouqueceu. Em 1905, passou a escrever uma série de reportagens para o Correio da Manhã. Em 1909, foi lançado o romance Recordações do escrivão Isaías Caminha e, em 1911, o Jornal do Comércio começou a publicar, em folhetins, o segundo romance =, Triste Fim de Policarpo Quaresma. Faleceu em 1922.

Euclides da Cunha (Cantagalo, 1866 – Rio de Janeiro, 1909)

Aos 19 anos, em idade de escolher uma carreira, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha optou pela engenharia civil, e estudou nas Escolas Politécnica e Militar. Depois de se desligar do Exército, mudou-se para o interior de São Paulo e passou a colaborar para o jornal O Estado de S. Paulo. Nomeado Superintendente de Obras Públicas do Estado em 1896, trabalhou, em princípio, em São Carlos do Pinhal. Com a explosão do conflito em Canudos e as sucessivas derrotas das forças governistas contra Antônio Conselheiro, Euclides foi enviado ao sertão como correspondente do jornal, em agosto de 1897, para testemunhar o que estava ocorrendo.

Ao regressar de Canudos, em 1899, foi transferido para a cidade de São José do Rio Pardo (SP), onde deveria construir uma ponte sobre o rio Pardo. Lá escreveu Os Sertões, obra que publicaria em 1902e que o consagraria no panorama cultural brasileiro.

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